domingo, 18 de março de 2012

Flamengo 3 x 3 Olímpia

Gostei muito do que escreveu o Arthur Muhlenberg sobre o empate de quinta-feira. Segue abaixo:

Qual a semelhança entre Flamengo 0 x 3 América do México; Flamengo 3 x 3 Goiás e Flamengo 3 x 3 Olímpia? Pouca. Fora a cabeça inchada de todos nós, a última partida representa coisas distintas dos dois exemplos anteriores. Os dois jogos foram pás de cal, o enterro de uma caminhada.
O primeiro, e mais traumático, nos eliminou de uma competição que parecíamos ter chance real – especialmente pela partida brilhante que fizemos fora de casa. Lembram? Um 4×2 categórico, com Leo Moura jogando o fino da bola. O segundo jogo, contra o Goiás, teve um enredo semelhante ao de 5a. Time bem, 3×0, tudo certo, coisa linda. Acabou em um 3×3 que nos custou não somente a vaga na Libertadores 2009, como também o título brasileiro de 2008. Outro fim melancólico.



Acho que a partida de 5a não passa nem perto desse fim de festa. À parte a frustração de tomar um empate improvável, há de se levar em consideração vários fatores positivos. O primeiro, mais óbvio, é que conseguimos fazer o lance mais difícil do futebol: achar um time promissor, que seja capaz de jogar bem, com afinco, com qualidade e fome de gol. O segundo é que jogamos contra um time que não baixou a guarda por um segundo, entrou no jogo marcando forte desde o princípio e não é nenhum Corinthians ou um Fluminense: os caras são tricampeões da Libertadores. É desculpa? Não. Apenas um dado para levarmos em consideração que uma coisa é jogar contra o Flunãovence, outra coisa é jogar jogo grande.

Fica a pergunta: vale à pena cornetar forte e abrir mão dessa possibilidade? Era melhor quando tínhamos um time envelhecido, cansado, cujo potencial não ia longe nem por decreto? Acho que não. Um jogo jogado como este não pode encerrar um sonho que nutrimos há anos: um Flamengo cheio de virtudes e qualidades, com muitos jogadores formados nas nossas próprias dependências. Mantenha a base desse time, Joel!

Importante lembrar também duas coisas: falta o Leo Moura, que está gastando a bola em 2012. E Ronaldinho-jogador-simulacro não apareceu no Engenhão. O cara que foi lá com a camisa 10 jogou demais. Espero (ê condição humana, sempre dando chances e criando expectativas) que ele comece a sentir o prazer e a garra colossal que Vagner Love transpira ao vestir o Manto.
O Flamengo do futuro pode ter começado nesta presente quinta-feira. Eu é que não quero sofrer com negócio de 500 volantes, um buraco no meio do campo e atacantes isolados novamente. E você?

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