terça-feira, 6 de abril de 2010

Vai Recomecar a Festa!

Nosso ligadíssimo mestre Tromba foi ao cerne da questão: o ano rubro-negro começa neste 07 de abril. É o fim do tédio pra magnética. Joguinhos-treinos enfadonhos só na pré-temporada 2011. Foi preciso o deus Zico meter bronca para a esquisitona dona FERJ se tocar que o carioquinha com mais de dez times é forçar o torcedor a não gostar de futebol. E Rei não opina, ordena. Afinal, estádio sem o povão só pode ser comum pras bandas de Engenho de Dentro durante os jogos do time da estrela solitária (bota solitária nisso!) com a constante ausência da sua anônima torcida. Não dá é pra querer impor essa ditadura da arquibancada vazia a todos os participantes do certame. Ainda mais numa competição que só figura entre as maiores do país por conta da triunfante presença do gigante da Gávea com a sua exigente e colossal massa. Menos times, ingressos mais baratos e canja de galinha não farão mal algum ao “mais charmoso”.

Antes de chegar ao assunto mais relevante, não posso deixar de relatar a minha frustração de o Vice da Gama não estar logo garantido na finalíssima. É um freguês menos chato e dá um pouquinho mais de brilho às nossas conquistas. Porque sente prazer em perder para o Mengão ou porque se transformou num ex-grande a menos tempo do que o Chorafogo? Fico com as duas repostas. Mas o jogo é jogado e o timinho da horripilante camisa modelo Klu Klux Klan conseguiu se superar nas marmotas perdendo a decisão do turno e agora terá de se contentar em ver a sua “vicehegemonia” ser tomada de vez pelo time não-ganha-nada-de-importante-há-séculos. Parênteses. A TV mostrou, havia mais gente no aeroporto dos Guararapes recebendo o Santinha da série “D” do que tinha de cachorrada no Vazião. E olha que valia vaga para as quartas de finais da Copa do Brasil. Imagina então mais uma final contra eles? Com certeza será a parte mais difícil na pré-conquista do Tetra, ter de tolerar por dois finais de semana o compulsivo e apavorante choro dos fantasmas das arquibas.

Por enquanto, o que realmente interessa nesse momento é o jogo contra “La U” para voltarmos à liderança do grupo. A ressaca do Hexa já foi devidamente curada pelo chá de boldo dos joguinhos-sem-graça e fofocas na imprensa. O chopp do bom futebol e das vitórias emocionantes será liberado a partir de amanhã. E mesmo desejando o fim do auto-exílio na reserva do nosso herói Gergelim nesse próximo jogo, o não-marca-ninguém do Kléberson sacado da titularidade e também não entendendo porque não se faz o óbvio, ou seja, entrar de cara com o velho craque pra dar mais qualidade ao último passe e substituí-lo no segundo tempo pelo cheio-de-gás jovem promissor dando mais velocidade aos contra-ataques liderados pelo Império dos gols... bem, não vou nem me aprofundar nesses assuntos porque o nosso técnico está com tudo dominado. Assim espero. Até porque as orelhas do Andrade a essa altura estão queimando com o eco dos corneteiros. Melhor ficar só na torcida pra tudo ocorrer conforme reza a nossa tradição: esculacho geral na Liberta e no Carioquinha.

Agora é com a magnética, todos os caminhos levam ao majestoso templo rubro-negro nessa noite de quarta-feira. Embalamos nosso escrete na epopéia do Hexa e faremos o mesmo na reconquista da América. Vamos lá Nação Inflamável, o Maraca é nosso, vai recomeçar a festa!

SRN e até a vitória, se Deus quiser!

Luiz Hélio é Flamengo, poeta e jornalista.

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