Não sei se você sabe, mas eu nasci em 76. Ano de ’seca’ em relação a títulos importantes, uns 2 anos depois disso, tive a oportunidade de escolher outras camisas. Fui apresentado a todas elas, uns faziam força pra eu usar uma preta e branca, outros apostavam que eu vestiria a de três cores, todos sem sucesso. Quando meu pai perguntou qual delas eu queria, a resposta foi imediata:
- Quero aquela do Zico.
Eu ainda era muito pequeno quando vesti o manto pela 1ª vez, mas algumas coisas a gente vai aprendendo com o tempo. Uma das lições que guardo comigo, é que a vida do rubro negro nem sempre é feita de conquistas e glórias, os tropeços fazem parte da exigente cartilha rubro negra. E eles (os tropeços) sempre vem quando ninguém espera, nem aliados, nem adversários. Aprendi também que não temos o ‘direito’ de jogar a toalha, nada pra nós é fácil, tudo é complicado, suado e só chega no finalzinho.
Não é confortável, mas… resta usar aquele velho clichê: – Acontece! É melhor assim. Quando a certeza da vitória é mais forte que a razão, alguma coisa errada não está certa. Vai ser difícil esperar o próximo confronto, mas pelo menos nesse momento o oba oba passa longe de tudo isso. Começa hoje uma nova semana, pesada sim, porém com esperança renovada e a certeza que algo muito bom está a nos esperar.
Não se desespere, você poderia estar sofrendo neste instante tivesse escolhido outra camisa, mas quem escolhe o vermelho e preto tem que saber que na Gávea as coisas funcionam dessa maneira. Dizer que torce pro Flamengo é muito mole, ‘guentar’ a zuação alheia e manter acesa a chama da esperança é que é a parada. Definitivamente, ser Flamengo não é para qualquer um.
Vai jogar a toalha? Ainda não é o momento. Concorda ou discorda?
Fabio Justino
www.magiarubronegra.com.br
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