quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Fla assina com Rafinha, e multa para clubes de fora é de R$ 130 milhões



Para equipes brasileiras, valor é de R$ 23 milhões. Novo vínculo do jovem com o Rubro-Negro vai até 2018




A prorrogação do contrato de Rafinha com o Flamengo foi sacramentada nesta quarta-feira. O atacante, de 19 anos, assinou com o clube por cinco anos. O novo vínculo vai vigorar de 1º de fevereiro de 2013 a 31 de janeiro de 2018. Com a renovação, o clube estabeleceu uma multa rescisória para clubes do exterior de € 50 milhões (quase R$ 130 milhões). Para equipe brasileiras, o valor é de R$ 23 milhões.
- Espero evoluir mais ainda. Ganhar a confiança da torcida, que é importante, e títulos para consolidar essa relação. Estou realizando um sonho meu e da minha família: somos todos rubro-negros. Espero conquistar tudo isso para fazer valer esse contrato - disse o jogador ao site oficial do Flamengo.
Rafinha aproveitou para agradecer a Zico, que sempre foi um grande incentivador de seu futebol.
- Sou grato ao que ele já fez por mim. Não só como jogador, mas também como pessoa. Sempre acreditou em mim - finalizou.

2010: o ano em que conheci o Zico

2010 pra mim foi um ano inesquecível, em todos os aspectos! Minha esposa estava grávida do nosso primeiro filho, uma menina, a Martina. Em julho, recebemos o diagnóstico, ainda no útero da mãe, que nossa filha tinha uma síndrome muito complicada e que na maioria dos casos resultava em graves complicações para a criança e geralmente levava a óbito, mesmo antes de nascer. Isso aconteceu no dia 27 de julho e confesso que foi como levar um gol contra aos 48 do segundo tempo. Meu mundo tinha desabado! Me encontrava em um período da minha vida em que estava desacreditado de tudo que estava a minha volta. Andava pensativo, cabisbaixo, parecia um passarinho com a asa quebrada, parecia um domingo de sol sem jogo do Flamengo. Então, de repente, sabe-se lá por que, do nada, apareceu a oportunidade de conhecer pessoalmente o meu maior ídolo e ainda por cima, na minha própria cidade, em Brusque, aqui em Santa Catarina. Só Deus mesmo, com a ajuda de uma figura tão extraordinária como é o Seu Rubens Facchini, o maior embaixador do Flamengo em Santa Catarina e amigo pessoal do Zico, poderia fazer com que isso tudo se tornasse realidade de uma hora para outra. E foi através dessa conexão que pude enfim conhecer, ao vivo e a cores, o meu ídolo Zico, no dia 09 de setembro de 2010, nas dependências da FLA-Brusque (www.flabrusque.com.br) , que é a nossa embaixada do Flamengo aqui na cidade. Confesso que foi uma emoção muito diferente, ainda mais que tive o prazer e a oportunidade de entregar uma placa em homenagem ao Galinho (conforme foto anexo), por tudo o que ele sempre representou no futebol e pelo magnífico exemplo de ser humano que ele sempre foi. Quando ele chegou, já bem cansado da viagem, mas ainda com aquela humildade, aquela tranquilidade, sem seguranças e sem frescuras, acredito que todos que estiveram ao seu lado tiveram o mesmo sentimento que eu tive, todos compartilharam aquela energia, aquela vibração boa, aquela coisa indiscritível que quem é Flamengo sente sempre. Que bom que a vida e os amigos que vamos conquistando ao longo do tempo nos proporcionam esses momentos tão felizes e especiais. Certamente não esquecerei nunca desse dia, o dia em que eu conheci o Zico e o dia que ele me inspirou e me fez erguer a cabeça para enfrentar todos os problemas o que estavam por vir pela frente. Obrigado ZICO! Ps.: Ah, a Martina, contra tudo e contra todos, nasceu no dia 12.11.2010, vai muito bem obrigado, não perde um jogo do Mengão e na última segunda-feira (25), ganhou um irmãozinho, o Luiz Fernando, que era para nascer no dia 03 de março (aniversário do Zico), mas quis vir ao mundo antes, pra já ir se acostumando com as nossas vitórias em cima dos fregueses. SRN Fernando Lauritzen

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Clássico Miojo: 3 Minutos e Pronto.

Por Arthur Muhlenberg


Professor Dorival, detesto fazer isso, mas tenho que reconhecer que estava enganado sobre a sua capacidade em transformar o elenco do Flamengo em um time. Depois dessa vitória, que mesmo sendo sobre o simpático freguês que não faz mal a ninguém, não tenho mais dúvida que o Flamengo tem um time.

Um time que pode até não ser a ultima coca-cola do deserto, mas que está sabendo compensar as limitações com os dois melhores argumentos que existem no futebol: não perdendo pra ninguém e ganhando de todo mundo. Pro Carioca tá bom demais. Parabéns pelo ótimo trabalho misturando a molecada com a mobília que já estava na sala e mantendo o time limpinho e arrumadinho. Quem disse que não há dignidade na pobreza?

É muito bom já estar garantido como primeirão do grupo e com a vantagem do empate na semifinal (vantagem que na real vale nada porque o Mengão, historicamente, nunca soube jogar com regulamento debaixo do braço). Mas o problema de ganhar do Foguinho é que a gente sempre acha que o Flamengo não fez mais que a sua obrigação e repara muito mais nos defeitos do que nos acertos.




Tenho a impressão que o gol do Hernane logo aos 3 minutos bagunçou o planejamento tático das duas equipes. Continuo achando que os dois treinadores foram pro jogo querendo chamar o adversário pra sair na escama do contra ataque. Com o 8º gol do Brocador no campeonato os sem-ônibus tiveram que sair pra jogo e o Flamengo foi obrigado a aproveitar os espaços que os miúdos deixavam. O começo do jogo foi eletrizante, parecia pelada, geral atacando. Futebol franco, bonito e ofensivo que não podia durar mesmo mais que 10, 15  minutos.

Depois desse comecinho psicodélico o jogo entrou na velha rotina de time grande enfrentando pequeno. O Mengão atacando muito, falhando na finalização e a nossa defesa dando aqueles moles tradicionais. Os caras chutaram 350 vezes no nosso gol. Tudo peteleco em cima do Felipe, mas que podiam ter transformado o jogo em drama.

Nossa defesa foi muito hospitaleira com os visitantes do Foguinho. Deixaram os caras entrarem na nossa cozinha à vontade. Como é que esse pré bacanal acontece com um time escalado com 3 volantes eu não sei. Mas como posso cornetar com a consciência tranquila se a defesa do Flamengo é a melhor do campeonato? É por essas paradas que ninguém leva muito a sério o Campeonato Carioca.

Um campeonato que não parece ser muito difícil de conquistar. O nosso time é rápido, sem vícios táticos e alguns dos jogadores são criativos e abusados. Mas a sua qualidade que mais salta aos olhos é que todos os jogadores, até aqueles que a torcida pega no pé, tão jogando com tanta seriedade que parece até que eles estão sendo pagos todo mês pra jogar. Coisa que não se via no Flamengo há muito tempo. Tirando o Flor, que tem dois times e não sabemos qual e nem mesmo se os vamos enfrentar, não vejo como podemos perder essa TG.

Ganhamos, beleza, mas o adversário mais uma vez deixou a desejar no quesito teste efetivo das nossas possibilidades em futuras competições. O Foguinho não serve de parâmetro porque é, literalmente, o time da estrela solitária. Time de um jogador só, Seedorf, lógico. Todas as jogadas dos caras passam por ele. Que faz a saída da defesa pro ataque, arma a jogada no meio, cruza, finaliza, bate lateral, falta e tiro de meta e ainda pega água e Gatorade pros outros molambos de camisa feia. Eles vão matar o cara desse jeito, assim não há como chegar inteiro no Brasileiro. SEEDORF, você é craque, mas teu destino no Foguinho está escrito como anagrama no seu nome. SE FODER.


Vamo lá Mengão, pra cima do Azulão da Bariri na próxima rodada pra vencer bem e chegar com moral na semi. Mas tem que prestar atenção nessa parada de perder tanto gol porque é muito séria. Quem não faz leva não é boitatá, é fato. O lance do Rodolfo no 2º tempo foi muito bizarro. O moluque, que entrou muito bem no jogo, se empolgou, foi pra cima, passou pelos cones, tirou até o goleiro e mandou o balão na Lua tipo Deivid. Não pode. Porque esses lances fazem que os pequeninos comecem a achar que tão com sorte e se encham de ímpeto vingador. E numa vacilação qualquer a casa cai. Já aconteceu antes, sou testemunha.

Me desculpem o post palha, mas a falta de graça não tem nada a ver com futebol, estou satisfeito com o time. Mas nem fiquei muito a fim de sacanear o Foguinho porque no jogo que tinha tudo pra ser motivo de alegria, enquanto a torcida promovia a paz nas arquibas, era brindada com mais um caso de truculência e covardia envolvendo ex-dirigente do clube. É impressionante como essa turma possui um talento natural para levar o santo nome do Flamengo para as páginas policiais e nos matar de vergonha.

Espero que dessa vez, ao contrário do que aconteceu em 2011 quando o agredido pelas costas fui eu, a diretoria do Flamengo tome as medidas condizentes com a gravidade dos acontecimentos e puna com severidade quem não tem civilidade suficiente pra frequentar estádios ou clubes.


domingo, 17 de fevereiro de 2013

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Vamos lotar a Fla-Brusque domingo?



O tri-vice a gente lembra quem foi,né? Vai pra cima deles Mengão!








terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Flamengo Vai Ter Time Pra Ganhar o Brasileiro


Por Arthur Muhlenberg


Desde o fenômeno da FAF, que rolou em 1976, nunca vi tanta reportagem, coluna e entrevista com dirigentes do Mengão na mídia não especializada em esportes. Todo dia tem algum dos galácticos carecas nos jornais contando uma novidade, cortando uma despesa ou lamentando um novo cadáver insepulto encontrado nos escombros da administração anterior.

Jornalistas sabem que o público gosta de novidades e a turma do Bandeira de Mello é bem diferente do cartola brasileiro padrão. Principalmente porque a maioria deles tem motivos outros que ser dirigente do Flamengo para dar entrevista e ser objeto de reportagens. São executivos bem sucedidos, com carreiras desenvolvidas em ambientes que pouco tem a ver com o futebol e seu amadorismo simpático e economicamente ruinoso.

Mesmo sem o diplominha às vezes me arrisco na prática ilegal do jornalismo e dou uma perturbada nos caras que hoje detêm o poder da caneta no Mengão. Ligo pra um, mando email pra outro, peço um espaço na agenda carregada deles pra ver se fico sabendo de alguma notícia digna de ser dividida com a bem vestida mulambada que nos frequenta. Outro dia o Alexandre Póvoa, VP de Esportes Olímpicos respondeu ao meu email, hoje chego em casa e vejo que o Wallim Vasconcellos, VP de Futebol, cargo equivalente ao de vice-papa da nossa igreja flamenga, tinha respondido em tempo recorde as 5 perguntas que eu lhe enviei.

Dá um confere aí nas respostas do Wallim.

Wallim Vasconcellos
13:10 (30 minutos atrás)

para mim

Arthur,
Seguem as respostas.
Qualquer dúvida, me fale.
Abs e SRN

From: Arthur Muhlenberg [mailto:Urublog@gmail.com]
Sent: segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013 19:46
To: Wallim Vasconcellos
Subject: 5 perguntas para Wallim Vasconcellos

Fala, Wallim, responda quando puder.

abs
srn
arthur

1. O Flamengo perde muito sem a presença da sua torcida e é notória a aversão dos torcedores cariocas ao Engenhão. O resultado são as receitas com bilheterias cada vez menores. Existe um plano consistente para que o Flamengo mande alguns jogos do Brasileiro em outras praças do país até que o Maracanã reabra ou essa questão não é uma prioridade?

Wallim: Existe a possibilidade, mas não temos nada fechado ainda. Temos que ter uma boa proposta financeira, que a viagem não influencie na parte técnica (exemplo, viagem longa que pode prejudicar o desempenho da equipe no jogo seguinte), concordância da TV, da FERJ, da CBF e do adversário. Isso tudo resolvido, poderemos fazer jogos fora do Rio.

2. Qual a sua opinião, como VP de futebol e como torcedor, sobre o aparente desequilíbrio na quantidade de atletas para a mesma posição em nosso elenco? Temos muitos volantes e faltam atacantes. Como o Flamengo pretende enfrentar esse problema?

Wallim: Estamos montando o time com o campeonato em andamento. Recebi a avaliação do Dorival sobre o elenco e estamos em fase de transição, implementando as mudanças definidas por nós (eu, Pelaipe e Dorival). Assim, é normal que haja este desequilíbrio neste inicio. Mas vamos acertar isso com o tempo.

3. Se você pudesse qualificar o atual elenco do Flamengo com uma nota de 0 a 10 qual nota seria? E em função da nota do elenco atual a torcida pode esperar para o campeonato Brasileiro um elenco com qual nota?

Wallim: O elenco do Flamengo está sendo montado e estamos também utilizando atletas da divisão de base, para ver com quem poderemos contar no futuro. Eu diria que temos hoje uma nota 7, considerando o potencial dos atletas e não a condição física e técnica atual, que vai melhorar bastante. Para o Brasileiro, vamos ter um time nota 9, pelo menos. Para entrar e ganhar.

4. Wallim, o desempenho do Flamengo no Carioca 2013 servirá como uma avaliação para todo elenco e comissão técnica ou não será considerado na hora de planejar o Brasileiro?

Wallim: Em primeiro lugar, nosso intuito é ganhar o Carioca. Em paralelo, sim, vamos avaliar com quem podemos contar para o Brasileiro, pois precisamos ter um elenco quantitativa e qualitativamente forte para o Brasileiro, Copa do Brasil e Sulamericana. Vamos lutar para ganhar tudo.

5. Vp de futebol tem uma escalação preferida pro time? Se o Vp não tem, o torcedor Wallim tem? E qual seria ela?

Wallim: Claro que tenho! A mesma do Dorival.

http://globoesporte.globo.com/platb/torcedor-flamengo/2013/02/05/flamengo-vai-ter-time-pra-ganhar-o-brasileiro/


segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Mengão Sem Sacanagem

Por Arthur Muhlenberg



Flamengo x Nova Iguaçu foi um jogo ruim. Até aí nada de surpreendente. O Flamengo é time em formação, ainda nem estreou seus reforços todos, e o Nova Iguaçu já veio fraco de fábrica e ainda vai ter muito o que ralar pra encontrar seu espaço no futebol carioca. Não foi o primeiro jogo ruim do carioqueta e nem vai ser o último, foi apenas mais uma pelada dominical desse campeonatinho muquirana e mal organizado que a Federação Carioca empurra goela abaixo dos clubes. Que, sei lá por quais razões ocultas, aceitam sem berrar.

Os clubes podem até aceitar, mas a torcida é malandra e não cai nessa. Tão aí mesmo os públicos e rendas ridículos que não nos deixam mentir. Ontem no Vaziódromo apenas 8.155 testemunhas para uma renda de menos de 140 paus. Dinheiro com que mal se consegue comprar dois bons carrinhos de golfe, daqueles que usam para remover do gramado os cai-cai que simulam contusões.

É mais do que evidente que com rendas desse tamanho estádios com custos de construção que se aproximam da casa do bilhão jamais se pagarão. São todos elefantes brancos, subsidiados com o seu, o meu, o nosso dinheirinho. Não costumo de falar bem do Foguinho, porque eles também não são muito chegados a dar motivos, mas tenho que aplaudir o gramado do Vazião. Depois de mais de 5 anos tratada como pasto, a grama lá tá muito tapete. Boa, inquilino, até que enfim contrataram um jardineiro que preste!

Mas diz o nosso hino que sejam economicamente viáveis ou não, disputadas em tapetes ou buraqueiras, as peladas que os pregos da Federação marcam pro Flamengo devem ser vencidas. E lá foi o Flamengo mais uma vez pro Engenho de Dentro pagar pra jogar. Eu me pergunto durante quanto tempo o Carioca aguentará existir nessas condições catastróficas para os clubes? Meu palpite é que se continuar desse jeito não vai rolar por muito tempo. Anotem esse vaticínio se quiserem, mas não me cobrem depois porque é uma previsão gratuita e quem sou eu pra saber o futuro.

Sei foi que Flamengo penou pra vencer a Laranja Mecânica da Baixada. Como o nosso time só consegue brilhar quando estamos contra-atacando os adversários quando nos enfrentam não saem pro jogo. Retrancam tudo e ficam esperando que nós tomemos a iniciativa de partir pra cima ou erremos. O que acontecer primeiro. Mal comparando, vivemos o mesmo dilema tático do Barcelona. Mas o blaugrana provou que existe solução, basta trazer um Messi que o dilema se resolve fácil, fácil.

Enquanto nosso Messi não chega temos que nos virar com o que temos no estoque. E olha que pelo que estamos gastando pra formar o time até que não estamos tão mal. Ontem estreou o Wallace na defesa, que jogou com seriedade e conseguiu até ganhar umas disputas de bola pelo alto. O que é quase um feito inédito pra esse elenco. Gostei do jeito dele, ao menor sinal de perigo na zona do agrião manda a bicuda e um abraço. Assim que o trauma coletivo causado por beques com nomes que comecem com W passar ele pode até ganhar a confiança da torcida.

Na hora do gol estávamos jogando mal, e continuamos assim até o fim do jogo. Mas conseguimos a vitória e pro carioqueta tá muito bom, se melhorar estraga. Ganhar mesmo jogando mal é característica própria de times campeões. Os moleques estão correndo e as sombras que chegaram colocaram fogo no rabo dos veteranos. A disposição do time confirma a tese de que vale mais um time baratinho com o salário em dia do que um time caro sem receber. Mas a maior diferença desse time pro de 2012 é que mesmo quando jogam mal não parece que estão de sacanagem. A torcida, que sempre faz o seu trabalho à sério, agradece essa moral.

Sem gatomestragem, esse Flamengo é aquele time pobrinho mas limpinho pelo qual me sacanearam tanto no ano passado quando eu dizia que era o time que deveríamos ter em 2013. Tão vendo que não é não tão ruim assim? Tudo bem que Carioca não serve de parâmetro e que ainda temos muito que evoluir se quisermos fazer uma figura digna no Brasileiro. Mas pros jogadores, que trabalhavam em um lugar onde o mês tinha quase 90 dias, um carioqueta com a merreca em dia passa a ser parâmetro, sim. Pelo menos de seriedade da atual cartolada.

Se eu, que não tenho nada com isso, mal posso esperar o dia 5 pra poder comemorar o segundo salário seguido pago em dia no Flamengo depois de muitos e muitos anos, imagina os jogadores? Não quero ser otimista porque otimismo tá fora de moda, mas acho que na 4ª contra o antigo Flor de Friburgo, com a merreca na conta, o time vai voar.

http://globoesporte.globo.com/platb/torcedor-flamengo/2013/02/04/sem-sacanagem/

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

ZICO 60 ANOS - CAMISA COMEMORATIVA

         Já está a venda na Flaboutique a camisa comemorativa aos 60 anos do Zico galera!






Dedé, Cadê o Rafinha?*


Por Arthur Muhlenberg

Rafinha: - Dedé, vou te driblar! Dedé: - Hã? Rafinha: - Vou te driblar de novo.

Esses vascaínos são mesmo uns psicopatas. Na maior cara de pau, e certos da impunidade, me acusaram de arrogância e soberba quando escrevi aqui, num humilde bloguinho de uso recomendado apenas para rubro-negros fechados com o certo, que o jogo com a nossa baranguete todo ano era a mesma coisa. Uma tremenda injustiça comigo. Felizmente os fatos e a longa série histórica de chacoalhadas épicas aplicadas pelo Flamengo com impressionante regularidade na recalcitrante bigoduda falam pela minha humildade com mais eloquência do que quaisquer palavras.

Pode perguntar pra um tricolor se ele compartilha da mesma opinião sobre o comportamento da baranga em relação a nós e ele vai responder que “todo dia ela faz tudo sempre igual”, ou se você der a sorte de encontrar um botafoguense gozando de boa saúde a resposta será “da primeira vez ela chorou mas resolveu ficar, é que momentos felizes tinham deixado raízes no seu penar”. É claro que se a pergunta for feita a um vascaíno mais esclarecido ele responderá “sofrer, não faço outra coisa da vida”.

Ou seja, é de conhecimento geral, é uma informação difundida até entre os arcoíristas, que o bacalhau é como carne de segunda na mesa do rubro-negro. Parece até aquele macarrão com salsicha de domingo. Depois que virou moda a gente ganhar desses buchas (ali pelo ano de 1923) é todo dia a mesma droga. O que não chega a ser exatamente uma boa notícia, dada a irrelevância do adversário no cenário do futebol mundial. O Flamengo tem que parar de perder tempo com essas miudezas.

Esse negócio da alta e tediosa previsibilidade dos resultados dos embates entre o Mengão e Portugália é tão descarado que em 20 de agosto do ano passado escrevi aqui mesmo no humildinho o seguinte:


Dorival, você está de parabéns por ter conseguido fazer nossos mais tradicionais come e dorme soltarem as pregas, mas avisa aí pros moleques que tudo bem catar uma baranguinha de vez em quando, mas que não pode acostumar porque isso tira a moral. A nossa rapaziada precisa aprender o quanto antes que a vida não pode ser só sacudir a vasquinha, existem outras conquistas, outros horizontes e os camisa feia não são parâmetro para nada.

Vai dizer que eu não poderia perfeitamente ter escrito essas mal traçadas ontem à noite antes de começar o jogo de basquete? É verdade que nos últimos tempos tenho pegado legal no pé do Dorival. Mas ontem ele foi muito bem na escalação do time. Vamos combinar, hoje em dia no futebol brasileiro o cara tem que ter culhão pra meter 3 atacantes em todo jogo.

É verdade que ele deu mole nas substituições, acertando duas e errando clamorosamente em uma, que acabou atrapalhando uma atuação até então impecável do Renato Abreu. Mas o saldo foi positivo. Que ele continue em evolução e pare com essa mania besta de consertar o que não está quebrado.

O jogo começou em alta velocidade, o ataque do Mengão é leve e corre pra caramba, os caras saíam pro jogo e tomavam contra ataque um atrás do outro. Rafinha tava muito liso e entortava os camisa-feiona a 3 x 4. Na primeira oportunidade real que pintou no jogo o Hernane, tipo centroavante, meteu a nêga lá dentro. Aí o jogo ficou mais fácil pra gente, porque os caras ficaram com medo e não saiam mais com a bola no pé, era só aquela bicudona pra frente.

Fala do Ibson agora, corneteiro filho da mãe! Eu falo. No meio, Ibson e Elias jogaram muito bem, definiam o ritmo dos nossos avanços e estiveram um pouco melhor que o Cáceres, que ainda não parece estar na plenitude da forma física. Foi justamente pela boa colocação do nosso meio campo que saiu o segundo gol. Jogada rápida, que foi feita toda certinha. Mas esse rapaz com a 10, o Nixon, poxa, tão novo e tão sem humildade em gol. Entrou com bola e tudo logo no primeiro encontro com a perva. Safadinho ele.

Depois do segundo gol veio aquela relaxada clássica, a hora do cigarrinho. A vasca percebeu que afrouxamos e chegou junto. Eles já manjaram que a nossa defesa é meio monga nesse negócio de cortar cruzamento e mandaram chuveirinho na área. Mais ou menos uns duzentos. Lógico que uma hora eles iam fazer gol. Nem sei Quem foi o mané que cabeceou, mas sei que nossos beques não subiram.

O Gonzalez é brincadeira, pula sempre atrasado esse cara. Deve ser o fuso horário do Chile. E não tenho nada contra o chileno, inclusive já bebi vinho chileno uma vez numa festa. Mas o que o Gonzalez tem de bom na cobertura tem de devagar no desarme. Quando eu digo que o Flamengo não ganha uma disputa de bola pelo alto desde o gol do Angelim em 2009 nêgo acha que é exagero. Não é só no mundo animal que cruzamento é coisa séria. Não dá pra esperar que o goleiro resolva. Ainda mais porque o Felipe, que ontem esteve muito bem, sai do gol como se fosse uma árvore sendo abatida. Temos que ver isso aí rapidinho, professor.

No intervalo eu cheguei a ficar com um pouco de pena do bacalhau. Fiquei pensando na situação do Gaúcho. Imagina, você treina o vice e tem em campo um jogador chamado Abuda. Teu time tá tomando olé, você faz o quê? Deixa Abuda ou tira Abuda? Gaúcho preferiu deixar Abuda e ainda mais aberto pro 2º tempo.



Aí entrou o Cleber Santana, que pode muito bem ser titular aí nesse meio, e fez logo um golaço daqueles. Com uns 50% do êxito do varadão de 150 km/h devidos ao ímpeto perfurador do jovem Rafinha Bolt, que não tomou conhecimento da zagueirada de são janu e passou por dentro deles como quis. Muito difícil pro Dedé sozinho parar o moleque, só se viessem os outros três Trapalhões e o Sargento Pincel pra ajudar.

Aliás, o Rafinha é o terror. O cara estava muito encapetado e bagunçou legal com a defesa da bigoduda. Foi muito come que ele deu nos trouxas. No quarto gol saiu lá de trás e só parou quando a bola tava lá no fundo do barbante delas. Golaço! O Dedé – O Mico, inclusive tá procurando o Rafinha até agora, doido pra conhecer pessoalmente e tirar uma foto com a grande sensação do Campeonato Carioca. Dedé, vou te dar uma dica. É muito mais fácil seguir o Rafinha pelo twitter. Anota aí o perfil dele: @Rafinha11Lima Mas só se a sua internet for rápida, ok?

Depois do 4 x 1 o moleque deu uma cansada e foi substituído com a certeza de que tinha arrebentado no jogo e que tinha subido um degrau importante à beça na sua carreira. Foi bonito ver isso. Mas aí o Flamengo se desarticulou, caiu de produção e só pra manter a tradição maldita acabou levando o gol onomasticamente mais previsível do ano. Quequeílson, Dakson é dose pra mamute, irmãos.

Enfim, a baranga foi finalizada, ninguém se surpreendeu mas todo mundo se divertiu. Agora acabou a moleza, mulambada. É hora de retomar o trabalho sério e criterioso e se preparar com o respeito e o profissionalismo que o Nova Iguaçu merece. Infelizmente Flamengo x Vices não é um evento semanal.



http://globoesporte.globo.com/platb/torcedor-flamengo/2013/02/01/dede-cade-o-rafinha/