Vamos combinar que esse 2011 tá no comecinho ainda, mas já tá dando pinta de que vai ser um daqueles anos sensacionais, hein, mulambada? Não me lembro de ter tido tantos motivos pra rir com o Flamengo em um período de tempo tão curto desde que o time de 81 ganhou a Libertadores, o Carioqueta e o Mundial em menos de um mês.
Esse ano o negócio já começou a ficar bom no mês passado com as chegadas de Ronaldinho e Thiago Neves. Contratações que além de reforçar nosso elenco de craques também machucaram fundo no interior dos tricolores daqui e nos da farroupilha. E por isso nós rimos. E quando os moleques da base fechada com o certo meteram a copinha São Paulo nós sorrimos sorrisos de longo prazo. Porque essa geração que doutrinou a paulistada vai longe.
Depois assistimos embevecido à vertiginosa trajetória descendente rumo às profundas de deus-me-livre-nem-me-conte-onde-fica-isso do bacalhau vice eterno. Os caras ficaram sei lá quantas rodadas tomando pau de todo mundo e ainda nem conseguiram sair da lama de lutar contra o rebaixamento no Carioca. Repito: rebaixamento do Carioca! Por isso nós também rimos.
Aí vem as semis guanabarianas do nosso campeonatinho café au lait e logo de cara as delicadas flores do corpo de baile de Laranjópolis aprontam uma das suas tradicionalíssimas palhaçadinhas, fruto da eterna indecisão que lhes cinge a personalidade desde a mais tenra idade. E na nossa vez de mostrar serviço e defender o bom nome do futebol masculino carioca não falhamos, condenando o mala do Prancheta e sua cambada de pés-tortos a ralar nas ostras da insossa e sempre dramática Taça Rio, a última esperança dos desesperados locais. É evidente que por isso nós rimos bagarai o fim de semana inteiro.
E quando ainda estávamos rindo da sina macabra que faz o foguinho sem busum entregar a rapadura pra nossa rapaziada 11 vezes em cada 10 nos aparece a alvissareira nota da CBF informando, a quem ainda insistia em dizer que não sabia, que o Mengão era o Campeão Brasileiro de 87, o Primeiro Penta, blá-blá-blá. Em alguns isso chegou a provocar um discreto sorriso daquele tipo Galvão Bueno, eu já sabia, mas nada de gargalhadas incontroláveis.
Essas gargalhadas espasmódicas que sacodem o corpo inteiro e causam momentânea falta de ar e lágrimas nos olhos estavam reservadas para a terça-feira. Quando soubemos da canetada violenta que a bambizada levou no meio da ideia. O capa preta simplesmente acabou com a banca dos malucos, que acharam mesmo que iam ficar com um troço que nunca foi deles. Aí não teve jeito, começamos a rir ali por volta das 11 da manhã e 15 horas depois eu ainda não consegui parar.
Por enquanto tá tudo certo. O Sol rubro-negro está brilhando como nunca e os nossos satélites estão todos baratinados, confundindo suas órbitas e se estranhando ratuínamente por causa de cotas de televisionamento e outras vis miudezas. Já já eles estão todos saindo na porrada por causa das migalhas das cotas do Mengão Fuderosão Regulador de Mercados. E aí nós vamos rir mais ainda. Continue dando duro nesses otários, presidenta. Pra cima delas, Mengão!
Mengão Sempre
Por Arthur Muhlenberg
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