Depois de votar às 8h desta segunda-feira, Patricia Amorim
passou 13 horas em pé dentro do ginásio, cumprimentando eleitores e
acompanhando de perto o pleito. Não almoçou e comeu apenas um sanduíche e água
oferecidos pelos seus assessores.
- Os pés doem e os olhos ardem - disse Patricia.
E a presidente engoliu a seco. A cada minuto, a derrota
ficava mais iminente e difícil de digerir. Começou a apuração, e Patricia se
recolheu num canto. Chorava com seu filho Vitor. Concedeu entrevista. Entrou no
carro, que foi escoltado por alguns seguranças para que pudesse deixar o clube.
- Patricia, estamos juntos - gritou um solitário
correligionário da futura ex-presidente.
Do lado de fora do muro da Gávea, alguns torcedores gritavam
o nome de Zico, e “Zico é nosso rei” a plenos pulmões, além de dar às costas e
adeus a Patricia. Logo, foram afastados por algumas pessoas ligadas à
dirigente.
O carro arrancou e deixou para trás a certeza de que
bater de frente com o maior ídolo da história do clube fez a gestão derrapar,
perder o rumo das eleições e o caminho da vitória.
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